Debate promovido nesta quarta-feira (29/06) pelo BrazilLAB mostrou que empreendedores que têm como mantra planejamento, foco, persistência e resiliência têm mais chance de sucesso nas parcerias com a administração pública.
O programa de aceleração apresentou os 12 projetos que vão participar dos quatro meses de mentoria nas áreas de Educação, Saúde e Sustentabilidade Ambiental. Para estimular os empreendedores selecionados, o BrazilLAB promoveu um debate sobre quais os desafios de oferecer soluções para o setor público e como minimizar os problemas.
“É importante ter paciência para se colocar no lugar do gestor público. É muito importante ter foco porque o governo é bipolar. E é preciso persistência e ser resiliente. Se você tiver essas qualidades, você tem 10% de chance de o negócio dar certo”, afirmou o ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, que participou do painel intitulado “Inovação, Tecnologia e Governo”.
Os debatedores acreditam que, além do planejamento, as startups não podem depender apenas de recursos estatais para tornar o negócio sustentável. Para Bornhausen, o planejamento mais saudável é aquele em que o dinheiro público não é efetivamente decisivo para a evolução de uma ideia.
A diretora do Instituto Inspirare, Anna Penido, afirmou que o empreendedor não pode ser refém da aplicação de dinheiro público, porque isso acaba comprometendo a qualidade e o andamento da proposta. Anna ponderou, no entanto, que a total independência entre empreendedor e governos também é inviável na atuação dos challenges do BrazilLAB, especialmente se o projeto a ser desenvolvido pretender alcançar uma larga escala.
Para Bob Wolheim, head de digital do Grupo ABC, o problema é a separação que se faz entre iniciativa privada e o setor público. “Há um preconceito, uma pré-concepção de que a coisa pública é um alguém e o setor privado outro alguém. Não são. E o BrazilLAB é importante para aproximar esses entes”, disse Bob.
