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Entrevista com Letícia Piccolotto Ferreira, idealizadora e mentora do BrazilLAB

Acreditamos que a inovação é uma alternativa concreta para os desafios que vivemos hoje no Brasil e queremos conectar soluções com líderes públicos abertos a implementarem programas inovadores.
Em 20 de February de 2017

Equipe BrazilLAB - O programa BrazilLAB foi lançado em março deste ano. Quais são os avanços destes últimos meses?

le_um.jpgO BrazilLAB foi lançado  em março deste ano com o objetivo de estimular um diálogo mais concreto entre empreendedores e o setor público. Acreditamos que a inovação é uma alternativa concreta para os desafios que vivemos hoje no Brasil e queremos conectar soluções com líderes públicos abertos a implementarem programas inovadores. Nesse sentido, já conseguimos avançar muito. Estruturamos uma série de debates colocando no mesmo local mais de 300 empreendedores que estiveram frente a frente com Secretários de Saúde, Prefeitos e especialistas. Estas conversas foram muito importantes para desmistificarmos uma série de entraves da relação público-privado. 

Além disso, em junho finalizamos o processo de seleção do nosso 1º programa de aceleração, no qual recebemos 138 projetos inscritos e tivemos a árdua missão de selecionamos apenas 11 soluções nas áreas da Saúde, Educação e Sustentabilidade Ambiental  e três destas serão depois implementadas nas Prefeituras parceiras do BrazilLAB.

Também importante mencionar que fechamos novas parcerias estratégicas, com o Comunitas, Microsoft e Grupo ABC. Isso mostra que junto com o Bank of America Merrill Lynch, o Instituto Lafer e a Endeavor - outras organizações também estão priorizando este debate e o investimento nesse tema. 

 

Equipe Brazil LAB - Qual a sua perspectiva para o Brasil quando falamos de inovação?

A minha perspectiva é muito positiva. Recentemente saiu uma pesquisa da A. T. Kearney que mostra que o Brasil subiu algumas posições no ranking global de inovação. Estamos na 69º posição de um grupo de mais de 128 países avaliados. 

Isso mostra que mesmo com todos os desafios que vivemos, desde a baixa qualidade da educação até o excesso de burocracia para abrir e fechar uma empresa, temos uma capacidade instalada no nosso país e não podemos menosprezar isso. 

Além disso, considero que temos um trunfo adicional quando estamos falando de inovação. Somos um país latino-americano onde temos facilidade de sermos empáticos e de fato compreendermos o problema do outro. A questão da empatia é um dos pontos mais valorizados em todo o processo de inovação por conta das ferramentas de prototipagem onde temos como ponto de partida o usuário para a definição do problema e para a busca de soluções. 

Já existem diversos casos de cidades brasileiras que estão buscando novas metodologias para inovarem na construção de políticas públicas incluindo os usuários no processo. Precisamos sistematizar essas práticas e trocar aprendizados.

 

le_2.jpgEquipe BrazilLAB - Quais são agora os próximos passos do programa? O que podemos esperar para os próximos meses?

 Até novembro estaremos trabalhando fortemente nos ciclos de aceleração do programa BrazilLAB para os empreendedores que foram selecionados. Teremos visitas a equipamentos públicos, conversas com potenciais investidores e clientes, incluindo claro, gestores públicos. Além disso, continuaremos organizando os debates abertos ao público. As datas já estão definidas e podem ser acessadas no nosso site.

Em paralelo, estamos estruturando o processo de implementação das soluções pesquisando experiências internacionais como a de Barcelona e outras. Convido a todos que querem acompanhar as ações do BrazilLAB a se cadastrarem em nosso site para receberem as nossas newsletters e nos acompanharem também nas redes sociais.

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