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Legitimidade e lastro jurídico: como o Selo GovTech tem ajudado a UniverSaúde a vender inovação para municípios

Érico Vasconcelos, fundador da empresa, conta como o certificado se tornou um forte argumento de vendas para gestores públicos
Em 03 de June de 2019

Criado recentemente, o Selo GovTech já está trazendo resultados importantes para empreendedores - e para a sociedade em geral. A iniciativa certifica startups como capacitadas e aptas a trabalharem e venderem para diferentes órgãos do governo. Graças a ela, algumas empresas estão conseguindo vender inovação para o setor público.

É o caso da UniverSaúde, startup que participou do 3º ciclo de aceleração do BrazilLAB, concluído em março deste ano. Liderada por Erico Vasconcelos, a empresa recebeu o Selo pelas soluções que criou para melhorar a qualidade dos serviços de saúde no Brasil, elaborando também ações de apoio e educação para gestores e profissionais.

O foco é aprimorar serviços e diminuir os gastos com gestão de saúde dos municípios por meio de tecnologia. E o carro-chefe é o Gestor de Saúde Virtual, plataforma de gestão e capacitação 100% online criada para Secretários de Saúde e suas Equipes Gestoras. A solução já está sendo adotada em algumas prefeituras, e o papel do Selo GovTech tem sido relevante nesse processo de venda.

 

A importância da chancela

De acordo com Érico, “uma coisa é a discussão sobre o produto que você está querendo apresentar para o gestor, a lógica do seu negócio, etc. Mas outra coisa é, depois que o gestor foi convencido, a forma como você vai vender, porque o processo que pode ser demorado e bem burocrático”. É aí que o Selo tem ajudado, e em dois níveis.

Em um primeiro momento, segundo Érico, o certificado confere legitimidade, é uma chancela que faz a diferença. “Estamos tratando com muita gente, montando a máquina de vendas. E, quando apresento o selo, percebo a reação positiva das pessoas. Elas conhecem o BrazilLAB e, neste momento, percebem que não estão lidando com qualquer um.”  

Ou seja, o Selo contribui para convencer o gestor público a adquirir a solução oferecida por Érico. Funciona como um lastro para a decisão. Só que isso leva a outro desafio: a forma de contratação do serviço. Porque contratação, no setor público, implica licitação - uma palavra que, como você deve saber, causa arrepios em muita gente.

 

Ajudando a desenrolar a contratação

Vale relembrar as modalidades de licitação às quais as startups costumam estar sujeitas:

  • Contratações até R$ 80 mil: “Convite”. O gestor convida, por meio de carta, três concorrentes para atender a uma demanda específica;
  • Contratações de R$ 80 a 150 mil (ou R$ 650 mil, em alguns casos): “Tomada de Preços”. Nessa modalidade, os interessados devem qualificar-se de acordo com uma série de parâmetros, que você conhece neste link;
  • A partir de R$ 150 mil (ou de R$ 650 mil, em alguns casos): “Concorrência”. Processo mais sofisticado, em que os participantes devem preencher um conjunto muito maior de requisitos. Conheça mais neste link;
  • Concurso: quando se pretende encontrar a melhor solução a partir de critérios de avaliação previamente informados pela Administração Pública (foi a modalidade usada pelo MobiLab em São Paulo no seu primeiro ciclo de aceleração).

No entanto, existe ainda uma possibilidade, a de Inexigibilidade de Licitação, que pode favorecer essas empresas. Ela se caracteriza pela impossibilidade de competição, o que pode ocorrer tanto pela exclusividade do objeto a ser contratado, como pela falta de empresas concorrentes.

De acordo com Erico, é justamente para essa questão de exclusividade do objeto que o certificado do BrazilLAB está contribuindo, e muito. “Três procuradorias já se posicionaram a favor da inexigibilidade de licitação graças ao Selo. Quando isso for formalizado, poderemos até pensar em uma jurisprudência, o que beneficiaria muitos outros empreendedores. Uma jurisprudência de reconhecimento do Selo para inexigibilidade de licitação.”

O CEO da UniverSaúde entende que isso agregaria muito valor não só ao BrazilLAB, mas a todas as startups da rede. E conclui: “para mim, além de uma conquista, tem sido um lastro fundamental para o negócio”.

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