O Índice de Governo Digital (IGD) é uma avaliação realizada pela ABEP-TIC, que neste ano contou com a parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O IGD, em sua quarta edição, passou por cinco etapas metodológicas que culminaram na análise de diversos critérios divididos em três dimensões principais. Seu objetivo é medir a maturidade do Governo Digital nas unidades federativas brasileiras ao longo do tempo, proporcionando uma visão abrangente do progresso nessa área de 2020 a 2023.
Nesta edição, o IGD passou por cinco etapas metodológicas, sendo elas:
O Comitê Técnico Avaliador foi selecionado pelo próprio BID e composto de especialistas em Governo Digital que compõem o quadro do Banco. A estrutura do Índice manteve a compatibilidade com edições anteriores para permitir comparações ao longo do tempo. Foram avaliados 35 critérios, distribuídos em três dimensões principais:
A primeira se refere à "Capacidades para a Oferta Digital de Serviços" e analisou acesso aos serviços públicos, identificação do cidadão e simplificação de serviços. As únicas unidades federativas que se destacaram positivamente foram Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Bahia e Amapá alcançaram resultados muito bons. Amazonas e Rio Grande do Norte obtiveram avaliações de baixa maturidade nessa dimensão.
A segunda corresponde à "Oferta de Serviços Digitais", relacionando-se a direitos, saúde, educação e segurança pública. Destacaram-se positivamente: Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto Acre e Sergipe tiveram destaque negativo.
Por fim, a terceira é sobre "Normatização sobre Modernização para a Oferta de Serviços Públicos", considerando leis relacionadas à defesa do usuário, desburocratização, assinaturas eletrônicas e Governo Digital. Os Estados do Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe foram os que se destacaram negativamente, enquanto Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Acre, Bahia e Piauí mostraram destaque positivo nessa dimensão.
Essa avaliação, dividida em três dimensões, permitiu calcular a pontuação oficial do Índice, proporcionando uma visão abrangente do progresso em Governo Digital no período de 2020 a 2023. Notadamente, os Estados do Rio Grande do Sul, Goiás e Rio de Janeiro se destacaram como líderes no ranking geral, demonstrando uma abordagem exemplar em termos de Governo Digital. Em contrapartida, os Estados do Acre, Sergipe, Pará, Maranhão e Rio Grande do Norte apresentaram resultados menos favoráveis, ressaltando a necessidade de maior atenção e esforços nesses territórios para impulsionar suas capacidades digitais.
A continuidade e aprimoramento do IGD ao longo do tempo têm possibilitado comparações significativas, permitindo aos gestores públicos identificar tendências e traçar estratégias para o fortalecimento do Governo Digital em seus respectivos Estados. É imperativo que as unidades federativas empreendam esforços contínuos na melhoria de suas capacidades digitais, buscando proporcionar uma melhor experiência aos cidadãos por meio da oferta de serviços públicos eficientes, ágeis e acessíveis. A consolidação do Governo Digital é fundamental para a construção de uma administração pública mais moderna, transparente e centrada no cidadão.
Caso queira conferir os dados completos, acesse o site https://abep-tic.org.br/indice-abep-2023/.