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Conheça a Memed, sistema para prescrições médicas que garante precisão nas informações

Você com certeza já saiu de um consultório médico, olhou para uma receita e ficou pensando "Meu Deus, que hieroglifo é e
Em 20 de February de 2017

Você com certeza já saiu de um consultório médico, olhou para uma receita e ficou pensando "Meu Deus, que hieroglifo é esse?!". Ou talvez tenha passado por aquela cena clássica em que três ou quatro farmaceuticos se reúnam para ler e tentar entender uma receita médica. Já parou para pensar quantas vezes erros de interpretação na receita fez com que o medicamento errado fosse tomado? Para resolver esses e outros problemas, os irmãos Ricardo e Rafael Moraes, criaram a Memed, uma plataforma online para prescrição de medicamentos que conta com um enorme banco de dados atualizado com os mais modernos medicamentos do mercado. Ricardo é um dos participantes da palestra feita pelo Brazil Lab no dia 23/06 no Red Bull Station sobre "O Poder da Tecnologia na Saúde". A equipe do Brazil Lab entrevistou Ricardo para saber mais sobre a iniciativa, confira entrevista:

O que é a Memed? 

Ricardo Moraes:

A Memed propicia a geração de prescrição impressa segura baseada em consulta às bulas e informações dos mais de 20 mil medicamentos disponíveis no mercado brasileiro pela Anvisa. Além disso, é gratuita e exclusiva para médicos e está disponível via web e mobile. Inclusive, já temos mais de 26 mil profissionais cadastrados na nossa base de dados.

Como ela pode ser útil para a saúde pública?

Ricardo Moraes:

Nossa missão é garantir a compreensão do receituário, tendo em vista que, segundo a Organização Mundial da Saúde, até 75% das prescrições médicas feitas no Brasil possuem chance de erro, seja de atualização, seja de compreensão tanto do paciente quanto do farmacêutico que vende a medicação. Portanto, contribui nesse sentido, modernizando a vida daqueles que cuidam da saúde de todos nós.

Como surgiu a ideia e como começou?

Ricardo Moraes:

O Rafael Moraes, ao terminar a residência em Dermatologia em 2011, retornou à Avaré, sua cidade natal, para abrir seu próprio consultório. No entanto, por se tratar de um município pequeno, começou a sentir falta de se atualizar em relação às novidades do mercado, uma vez que não recebia, com tanta frequência, a visita de representantes dos laboratórios. Portanto, seu acesso a esse tipo de informação estava limitado. Ai ele concluiu que teria uma boa oportunidade nesse campo, caso a gente conseguisse organizar essas informações em relação aos medicamentos vigentes, de modo que garantisse, aos médicos, consulta das práticas para seu dia-a-dia em consultório. Uma vez montada a plataforma, introduzimos, também, a facilidade da prescrição impressa para evitar que as mesmas contivessem erros que, muitas vezes, podem até ser fatais ao paciente.

Como foi o processo para implementar? Houve aceitação facilmente, algum gestor ou secretário se opôs?

Ricardo Moraes:

O processo ainda está acontecendo, estamos bem no início e ainda não é possível fazer algum tipo de leitura mais aprofundada. Porém, já é possível dizer que não houve nenhuma restrição ou proibição, mas sim muita colaboração e ajuda por parte de todo o time do Governo de SP.

Vocês precisaram se adaptar, de alguma forma, à dinâmica de trabalho do governo?

Ricardo Moraes:

Sim, é preciso fazer alguns ajustes, porém não atrapalharam a dinâmica atual de trabalho das startups. No nosso caso, foi preciso entender o problema real dos hospitais selecionados para utilizar a Memed e, com isso, realizar customizações que pudessem solucionar essas dificuldades.

Por que trabalhar com o setor público? O tamanho do cliente é interessante, a capacidade de escalar o produto, o que chama atenção?

Ricardo Moraes:

O sonho de todo empreendedor é ver seu negócio impactando a vida de milhões de pessoas, e não há nada que possibilite isso com mais agilidade do que o setor público. É uma excelente porta de entrada, de ganho de escala e de validação em uma velocidade que seria bem menor no mercado privado, apenas.

Vocês chegaram a fechar um convênio ou acordo com o setor público?

Ricardo Moraes:

Todas as startups selecionadas pelo PitchGovSP tiveram um convênio assinado com eles. No início, todas as startups passam por um processo chamado “POC”, que é uma prova de conceito, e é esse o momento da Memed nesse convênio.

E o que esperam desse acordo no futuro?

Ricardo Moraes:

Acordos no futuro serão discutidos apenas após a aprovação do POC, e com as startups que forem selecionadas.

Há alguma dica para empresas jovens que queiram atuar com o Setor Público, mas ainda estão inseguras?

Ricardo Moraes:

Ainda não posso dizer isso, pois são experiências ainda muito incipientes e estamos aprendendo a lidar e criar essas parcerias com eles agora. Porém, o incentivo para que jovens possam empreender e criar negócios sempre vai existir, pois acredito piamente que esse é o principal motor de desenvolvimento para a nossa sociedade.

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