No final de janeiro, a Apple abriu as portas de sua sede para doze empresas de desenvolvimentos de apps que têm uma característica em comum: foram fundadas por mulheres. As empreendedoras se reuniram no Apple Park, em Cupertino, Califórnia, para participar do Apple Entrepreneur Camp, programa elaborado para oferecer, às criadoras de apps, as ferramentas de que elas precisam para prosperar na atual economia global de apps.
Entre as selecionadas, havia somente uma brasileira -- ou melhor, sul-americana: a CUCO Health, que foi acelerada pelo BrazilLAB e cuja solução já foi adotada por alguns municípios do país. Uma conquista e tanto para Lívia Cunha, fundadora e CEO da empresa: “mal sabíamos o que esperar do programa, mas ficamos muito entusiasmadas com a notícia”.
A rotina dela e da CTO Fabíola Werneck na Califórnia foi intensa. “Foram duas semanas de auditorias dos produtos, muitas conversas com engenheiros da Apple sobre design e códigos”. De acordo com Lívia, esse contato foi fundamental para melhorar o produto, tanto na parte técnica quanto no design.
“O programa foi totalmente focado no nosso produto, o CUCO: Lembrete de Medicamentos”, conta Lívia. “Foi como se a solução recebesse um banho de loja. E no final, fizemos uma demonstração, uma apresentação da tecnologia da Apple que incorporamos ao produto, a Siri Shortcut.” A empreendedora explica: “verificamos que muitos pacientes não podem tomar os medicamentos na hora certa por conta da correria do dia a dia. Com a Siri Shortcut, a Siri funciona como uma cuidadora que vai aprendendo a rotina do usuário. Ela sabe que às quartas é difícil de tomar medicamento na hora certa, então ela se adapta e ajusta os lembretes”.
Lívia destaca também como o programa desenvolveu sua liderança. “Foi uma mudança completa de mindset. Percebi que, como líderes, precisamos colocar o usuário, o paciente em primeiro lugar, o paciente. Todo o programa foi uma imersão nesse sentido”, afirmou.
Para a empreendedora, o programa também representa um movimento importante: o empreendedorismo feminino. “As mulheres estão cada vez mais abraçando suas ideias e tirando-as do papel. Empreendedoras estão se tornando referências, encorajando outras mulheres”. O próprio CUCO Health é exemplo dessa mudança: quando Lívia fundou a empresa, em 2015, o time era predominantemente masculino. “Mas, quando reinventei o CUCO, a primeira coisa que fiz foi trazer mais mulheres”.
Depois das duas semanas, Lívia e Fabíola voltaram para o Brasil com muitos aprendizados e uma certeza: “nossa ferramenta tem alcance global. Precisaremos trabalhar muito para isso, mas voltamos com tanta vontade de fazer acontecer, que já reunimos o time inteiro para mostrar que é possível irmos muito mais longe”.
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