Não restam dúvidas de que a digitalização de processos abre caminhos para um futuro menos burocrático e mais prático. Um desses fenômenos é a automação, que está melhorando significativamente a nossa experiência em compras, viagens, transporte, transações bancárias e em várias outras áreas.
Em termos de espaços urbanos inteligentes, podemos observar melhor os benefícios dessas inovações em Hong Kong. Apesar de estar sob o controle direto do governo comunista chinês, a região administrativa especial conquistou liberdade para manter várias características liberais. E conta com autonomia política, podendo até desenvolver sua própria democracia.
As atenções de investidores e empreendedores estão sempre voltadas para o impressionante desenvolvimento da região - e uma prerrogativa para esse interesse é o livre acesso à Internet. Também o “milagre econômico chinês” está, ao menos em parte, relacionado à influência da constante evolução de Hong Kong, cujo livre-mercado foi fundamental para as reformas econômicas nas décadas de 70 e 80.
Nesse contexto promissor, foi realizada a quarta edição do Internet Economy Summit, um dos principais eventos de tecnologia e inovação em Wan Chai. O evento é realizado pelo governo de Hong Kong junto com o Cyberport, parque empresarial formado por organizações de tecnologia digital.
Mais de dois mil empresários, executivos e líderes governamentais reuniram-se em Hong Kong. Em pauta, os desafios enfrentados pelas populações e governos ao adotarem novos processos tecnológicos nas áreas de segurança, economia, transportes e identificação eletrônica.
Sandra Särav, diretora de assuntos globais do governo da Estônia e palestrante na abertura do evento, comentou sobre os principais motivadores para a implantação de uma cidade inteligente. São eles: “liderança inteligente, mudança de mentalidade, legados positivos, governos pró-ativos e regulamentação tecnologicamente neutra e sem burocracia”.
Na sociedade de Hong Kong, esses são atributos em destaque, que contribuem para o atual florescimento da inovação governamental por lá. O aumento da população jovem e a classe média em ascensão propiciam a condição ideal para renovar padrões tradicionais.
Este contexto inovador está se expandindo e é estimulado pelas lideranças públicas. Prova disso foi a contratação, por parte do governo de Hong Kong, da Ping An Technology, empresa de Inteligência Artificial, para implementar um sistema eletrônico de identificação pessoal.
Trata-se do projeto e-ID, que será o alicerce da região totalmente inteligente que Hong Kong pretende se tornar. Com o sistema, os residentes poderão fazer transações burocráticas online por meio da identificação eletrônica e terão um novo modelo para a realização de serviços financeiros.
A Ping An Technology é o núcleo tecnológico da Pin An Group. E a empresa está determinada a se tornar líder global em “AI + Cloud”. A participação no projeto de Hong Kong possibilitará levar soluções de inovação para outras cidades do mundo, de acordo com o CEO Ericson Chan.
"Esperamos que a aplicação da tecnologia possa beneficiar cada vez mais pessoas", afirmou Chan. Sem dúvida, a mudança de processos analógicos para o ambiente digital e a integração de plataformas são indispensáveis para que cidades se tornem mais inteligentes.
Hong Kong - e a Ásia em geral - tem sido território fértil para essas mudanças. Aos poucos, esse progresso está se tornando global. E nós, do BrazilLAB, trabalhamos para que ele chegue também, e com força, às cidades brasileiras.
Um de nossas iniciativas nesse sentido é o Selo GovTech, que certifica startups como capacitadas e aptas a trabalharem e venderem para diferentes órgãos do governo. Ao ser aprovada no processo e obter o Selo GovTech, a startup passará a fazer parte de uma rede de empreendedores que possuem soluções tecnológicas para diversos desafios dos governos! Clique aqui e saiba mais.
