Os efeitos colaterais causados pela crise da pandemia do coronavírus são enormes e certamente têm mostrado o quão sensível será resolver cada ponta afetada. Mas em momentos desafiadores, é possível contar com a contribuição da força empreendedora para minimizar os danos e trazer soluções. É nisso o que acredita o BrazilLAB, primeiro hub de inovação GovTech do país, e que em julho lançou o programa Força-Tarefa Covid-19, com o objetivo de acelerar tecnologias digitais que possam apoiar governos a enfrentar os desafios nas áreas de digitalização do poder público, educação e inclusão produtiva.
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Os resultados dessa iniciativa inédita trouxeram 131 inscrições de startups, pequenas e médias empresas, sendo três internacionais, que possuem soluções tecnologias para as frentes que o programa contempla. Ao todo, estão representadas na Força-Tarefa 49 cidades, de dezessete estados e do Distrito Federal. São Paulo detém de 41% dos inscritos:
“É nessas horas que vemos o poder da transformação digital e como existem empresas que podem ser aliadas fundamentais para combater os efeitos socioeconômicos trazidos pela crise e apoiar a sociedade nesse momento tão difícil”, relata Letícia Piccolotto, fundadora e CEO do BrazilLAB.
A maioria dos inscritos (40%) pode oferecer soluções para promover um governo mais digital, possibilitando o trabalho remoto, o desenvolvimento de serviços digitais para os cidadãos, a redução de burocracia e a ampliação de ações de transparência dos governos.
39% das inscrições são de empresas que vão trazer tecnologias para estabelecer ensino a distância, capacitação profissional, desenvolvimento de habilidades e competências do século XXI e também democratização do acesso à educação.
No tema da inclusão produtiva, 21% das empresas inscritas querem trazer tecnologias voltadas ao desenvolvimento de microempreendedores, criação de oportunidades para o trabalho de jovens, desenvolvimento do empreendedor rural e engajamento de empresas em conexão com profissionais.
O levantamento mostra ainda que o potencial de empresas interessadas em fornecer serviços tecnológicos que aprimorem a atuação do poder público é uma realidade que tem se consolidado. Afinal, 51% das empresas inscritas já venderam algum serviço à esfera governamental.
“Há um movimento positivo na atuação das GovTechs durante o enfrentamento da pandemia. Elas estão adaptando soluções ao contexto atual com rapidez, foco e resiliência”, afirma Piccolotto.
Uma novidade foi o aumento de mulheres na liderança dessas startups. O crescimento foi de 6% se comparado com o programa de aceleração anterior, sendo 24% das mulheres à frente dos negócios contra 82% de homens.
Houve um aumento expressivo na proporção de startups já em escala ou consolidadas, representando 76% do total. Outro número que mostra o amadurecimento do setor está refletido no faturamento. Das soluções inscritas, 8% possuem mais de R$5 milhões em faturamento, 18% têm entre R$ 1 milhão a R$ 5 milhões, e entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão e até R$ 100 mil são 29% cada uma. Apenas 16% das empresas não possuem faturamento.
“A pandemia tem nos transformado de todas as maneiras, principalmente na forma como olhamos para a resolução de problemas complexos que foram ainda mais acentuados pela crise. E já não há dúvidas de que as soluções digitais têm um papel fundamental para mudar os impactos causados até aqui. Os desafios são exponenciais e, por isso, devemos propor respostas disruptivas, que sejam efetivas, ágeis e econômicas. A tecnologia é fundamental neste esforço. Temos a chance de unir forças para mudar o rumo da história”, finaliza Letícia Piccolotto.
Conheça mais sobre a Força-Tarefa Covid-19 do BrazilLAB neste link.