Startups e gestores públicos juntos pela inovação: tudo sobre o CSC GovTech!

O primeiro evento completamente voltado para o ecossistema e soluções GovTech no Brasil foi concluído com louvores ao final do dia 19 de abril deste ano.
Equipe BrazilLAB Em 27 de April de 2023

O primeiro evento completamente voltado para o ecossistema e soluções GovTech no Brasil foi concluído com louvores ao final do dia 19 de abril deste ano. Foram mais de 800 pessoas presentes, entre representantes do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor, formando um público gigantesco para as nove horas de evento. O CSC GovTech contou com 6 palcos simultâneos, dos quais um teve agenda exclusiva do BrazilLAB. Para além disso, o evento reuniu x estandes de soluções para governo digital, vindos de startups e prefeituras de todo o Brasil.

O CSC GovTech se concretizou como pioneiro entre os eventos da área e mostrou o engajamento enorme que o ecossistema govtech pode ter em prol da disseminação da transformação digital do governo. Ele foi idealizado há mais de um ano atrás, por iniciativa da plataforma Connected Smart Cities e algumas startups da área como o BrazilLAB, que se tornou apoiador técnico desse que foi o maior encontro do ecossistema govtech no Brasil. O intuito era reunir e reavivar as conexões entre os participantes do ecossistema, que não se encontrava em um espaço exclusivo desde 2018, na ocasião do GovTech Brasil. De lá para cá, felizmente, o Governo Federal vem dando cada vez mais atenção à pauta e viabilizando o uso de soluções GovTech para beneficiar o dia a dia dos cidadãos, o que fez o ecossistema mais do que duplicar de tamanho.

Por parte do BrazilLAB, foram reunidos onze nomes de destaque do ecossistema para três palestras temáticas, localizadas no palco exclusivo do hub. Confira no resumo a seguir o que foi abordado em cada um deles:

 

Painel 1:  Temos uma nova legislação, ela criou uma nova realidade? Como a Lei de Governo Digital, a nova Lei de Licitações e o Marco Legal das startups estão colaborando com o crescimento das startups no Brasil.

Com a moderação de Guilherme Dominguez, CEO do BrazilLAB, o painel contou com a presença de Rodolfo Fiori, cofundador da startup GOVE; Bernard Caffe, cofundador e CEO da startups Jovens Gênios; e Rafael Fassio, Procurador do Governo do Estado de São Paulo. Os participantes discutiram a aplicação de leis como o Marco Legal das Startups e a nova lei de compras públicas, frente à cenários com a antiga Lei de Contratações. Foram apontados desafios como a complexidade dos processos de contratação e a falta de informações e indicadores para avaliar os projetos realizados, por exemplo. Apesar disso, houve otimismo em relação às oportunidades de negócios para as startups e ao potencial de avanços na área. A importância da disseminação de informações e do diálogo entre as partes foi destacada como um elemento chave para a evolução desse cenário. Além disso, o município de  Araguaína (Tocantins) foi muito mencionado como exemplo de contratações, se mostrando pioneiro em GovTech. Essa informação não surpreende, levando em conta o lugar recém conquistado do município no Programa de Aceleração Digital de Municípios do BrazilLAB.

 

Painel 2: O estágio atual do ecossistema GovTech no Brasil: conhecendo casos de sucesso de startups e de inovação pública no país.

O segundo painel do dia reuniu grandes nomes do ecossistema GovTech para debater e ponderar sobre os sucessos e fracassos dos últimos dez anos na área. Foram eles: Marco Antônio Zanatta, fundador e CEO da startup Aprova Digital; Leonardo Ladeira, CEO da startup Portal de Compras Públicas; Igor Guadalupe, fundador da startup GESUAS; e Felipe Maruyama, Diretor de operações, programas e projetos no Cietec. A moderação mais uma vez foi feita por Guilherme Dominguez.

Os participantes discutiram sobre a importância da troca de informações entre startups e setor público, a necessidade de desconstruir estereótipos negativos em relação ao governo e a importância de trazer a agilidade das startups para o processo de tecnologia no setor público. Foi destacado o amadurecimento do Marco Legal Regulatório e a criação de uma densidade forte de inovação em governo, além da tendência internacional de crescimento do ecossistema GovTech. Os participantes também discutiram sobre a importância da prática de inovação aberta e imaginaram um futuro com uma política de estado clara e perene de inovação no setor público. Essa visão positiva vem em razão do grande crescimento e visibilidade que a área de GovTech vem ganhando nos últimos anos.

 

Painel 3: Da economia circular às mudanças climáticas: como aproximar as agendas GovTech e Greentech?

O terceiro painel abraçou uma das temáticas mais quentes dos últimos anos: sustentabilidade. Para isso, foram convidados especialistas no tema: Gabriel Romitelli, Coordenador de inovação no CIETEC; José Pedro Fittipaldi, Diretor de negócios sustentáveis na startup Aya Earth Initiative; Andrea Motta, Diretora no UK Brasil Tech Hub; e Anauyla Batista, CCO na startup GreenPlat. Como nos outros painéis, a moderação ficou por conta do CEO do BrazilLAB.

Durante a discussão, boas e más notícias relacionadas à agenda ambiental coexistiram. Apesar de várias menções às múltiplas crises climáticas, foi destacado que o Brasil tem sim avançado em questões ambientais. Contudo, não há como negar que o país enfrentou situações graves como Mariana e Brumadinho, e possui crise hídrica e desmatamento crescente. Para combater essas situações, foram apontadas ações voluntárias vindas do setor privado e até mesmo políticas públicas que vêm sendo tomadas dentro do ambiente de negócios para amenizar os malefícios já instaurados no ecossistema. Destacou-se também a importância do blockchain aberto para o cruzamento de dados de empresas greentech e seus certificados, dando um maior controle para iniciativas importantes como a compensação de carbono, por exemplo. No mesmo gancho, surgiu a questão do agrotech, funcionando em conjunto com green e govtech como tripé de apoio para criação e manutenção de tecnologias verdes e deeptech. Em âmbito individual, foi frisada a importância de iniciativas para gamificação da sustentabilidade, método que se mostrou eficiente para o engajamento da população, como a exemplo das iniciativas da startups So+ma e AMA.

 

O BrazilLAB agradece a todas as pessoas que se fizeram presentes durante o CSC GovTech e deram força para que não somente o evento, mas o ecossistema GovTech como um todo tivesse mais visibilidade. A ocasião foi de grande importância para o setor público e privado discutirem juntos as soluções tecnológicas para os desafios enfrentados pelo governo. Está cada vez mais claro que o uso de tecnologia inteligente e eficiente deve ser uma prioridade para o setor público e que a parceria com o setor privado pode ser fundamental para alcançar esse objetivo. 

Não perca o próximo CSC GovTech no ano que vem! Será uma oportunidade única para continuar a discussão sobre como a tecnologia pode transformar a gestão pública e melhorar a vida dos cidadãos. Até lá!

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