O Brasil é um país de grandes proporções: é o maior da América do Sul e o quinto maior do planeta em território. Seus mais de oito milhões de quilômetros quadrados de terra abarcam diversas zonas climáticas, como o tropical e o semiárido, diversos biomas, como a Amazônia e o Cerrado, além da enorme riqueza em espécies de plantas e animais. (Ministério do Meio Ambiente).
No entanto, há um uso excessivo e inadequado de recursos, além de hábitos pouco sustentáveis que contribuem para uma exploração ainda maior de matérias-primas escassas e limitadas. Segundo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, cada brasileiro gera, em média, um quilo de lixo diariamente. Cerca de 40% desse lixo poderia ser reciclado, mas apenas 3% passam por esse processo, o que gera, segundo esse mesmo estudo, uma perda de R$8 bilhões por ano, já que existe todo um mercado a ser explorado.
A qualidade de nossas águas também está comprometida, já que mais de 3,5 milhões de brasileiros, das 100 maiores cidades do país, despejam esgoto de forma irregular, segundo dados do Instituto Trata Brasil. Além disso, somente na Região Metropolitana de São Paulo, 28% de efluentes industriais, 6 vezes mais poluidor que o lixo doméstico, são lançados em rios e mananciais. Este problema, além de afetar o meio ambiente, também impacta outras áreas, como saúde pública, transporte, turismo e esportes.
No caminho da Mudança
Ao se tornar signatário dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, o Brasil se comprometeu a assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis e a proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres até 2030. Para que essa meta seja atingida, é necessário dar luz a soluções inovadoras que contribuam para promover hábitos mais sustentáveis da população, reduzam a quantidade de lixo, e garantam um desenvolvimento sustentável.
Já existem várias iniciativas nesse sentido. Um exemplo é a So+Ma, acelerada pelo BrazilLAB em 2016, uma plataforma de engajamento que empodera o cidadão a partir do uso de resíduos como moeda. Desde então, já são mais de 800 famílias atendidas e 83 toneladas de resíduos que viraram moedas, que são revertidas em alimentos, cursos de capacitação ou serviços.
Outra iniciativa veio da prefeitura de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, que lançou recentemente um projeto piloto de despoluição de um dos lagos do Parque da Cidade em parceria com uma startup, a O2Eco. O projeto, feito por meio da Lei de Inovação, está sendo feito sem custos aos cofres públicos.
Desafio: Promover ações no caminho da preservação e da sustentabilidade ambiental
Que tecnologias podem ser úteis para garantir a preservação ambiental e auxiliar na gestão dos nossos recursos naturais?
Como startups podem trabalhar em conjunto com o governo na promoção de uma cultura e de hábitos mais sustentáveis a fim de conservar o meio ambiente?
#brazillab2018