Atualmente, temos mais de 2 milhões de funcionários públicos no Governo Federal, 3,2 milhões nos Estados e 6,5 milhões nos Municípios (IBGE). Estes números vêm crescendo ano a ano. De acordo com a FGV/DAPP, , entre 2000 e 2014, houve um aumento de 42% no tamanho real do setor público, chegando a 44 funcionários públicos em cada 1.000 habitantes, e representando um gasto de quase 12% do Produto Interno Bruto, de acordo com a Época. Os membros da OECD, que estão entre as grandes referências de países desenvolvidos, têm entre 14 e 22 funcionários públicos em cada 1.000 habitantes.
Mas por que então não oferecemos serviços públicos como a Suécia e Noruega? O tamanho do nosso governo não está necessariamente trazendo melhor saúde, educação e segurança. Um dos maiores problemas é que temos alguns dos processos mais ineficientes do mundo, alocando tempo e recursos públicos em ações de baixo retorno para a população. De acordo com o Banco Mundial, a burocracia prejudica mais o desenvolvimento do que o peso financeiro dos tributos.
O caminho é promover a inovação de dentro para fora
Para reverter a tendência, é preciso promover uma gestão de pessoas alinhada à estratégia de longo prazo de desenvolvimento do Brasil. Estudos como o do Nesta comprovam que governos têm a capacidade de ser os grandes catalisadores de inovações, contanto que tenham agentes catalisadores da inovação, com tempo e espaço para investir no futuro.
O Chile, por exemplo, passou a investir na gestão de pessoas da alta direção e conta inclusive com uma plataforma de acompanhamento público dos concursos, disponível aqui, assim como outras iniciativas para construir uma cultura de inovação.
Desafio: Impulsionar o potencial inovador dos governos através das pessoas que estão lá
Alguns dos problemas da gestão de pessoas são: a) tempo exacerbado gasto em atividades operacionais, em detrimento de ações estratégicas; b) distância física do RH; c) falta de integração entre agências; d) inefetividade de processos para a seleção, mapeamento de competências e desenvolvimento profissional; e e) baixa priorização dos assuntos relacionados à gestão de pessoas na alta administração. Além destes desafios, existe o desafio de engajar os funcionários públicos para a adoção e promoção de práticas inovadoras de gestão de pessoas.
Para transformar esse cenário, o BrazilLAB elaborou o seguinte desafio: buscar empreendedores que apresentem soluções inovadoras que descompliquem o dia-a-dia do setor público e criem espaço de desenvolvimento dos gestores e servidores do país. Tal desafio é composto pelas seguintes questões:
Como a Inteligência Artificial pode ajudar no controle e auditoria da folha de pagamento?
Como inovações tecnológicas podem aprimorar processos internos, inclusive aqueles de seleção, monitoramento e desenvolvimento dos funcionários públicos?
#brazillab2018