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A transformação precisa vir de dentro: o que aprendemos com uma “hacker de felicidade” no Global Summit da Singularity University

Empreendedora australiana destacou-se no evento defendendo que líderes devem colocar a consciência emocional como prioridade em suas agendas.
Em 26 de August de 2019

Em texto recente, trouxemos para você alguns destaques do Global Summit organizado pela Singularity University. O evento reuniu, no Vale do Silício, especialistas, autoridades, pesquisadores, líderes corporativos e agentes da transformação no geral para debater as chamadas tecnologias exponenciais.

O BrazilLAB participou por meio da Founder Letícia Piccolotto, que esteve por lá nos três dias do evento. De acordo com ela, um dos principais destaques do Global Summit foi a palestra da empreendedora australiana Penny Locaso sobre “felicidade hackeada”. Apresentando-se como uma “hacker de felicidade”, a palestrante defendeu que os líderes abram espaços para si mesmos nas movimentadíssimas rotinas que levam. 

 

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De acordo com Letícia, a fala de Locaso foi impactante porque destacou que, sem conhecer seus próprios processos interiores, um líder não conseguirá transformar nada. “Pessoas em posições de liderança costumam estar sempre ocupadas, mas não pode ser assim. Na agenda delas, precisa haver tempo para que exerçam o ‘ócio criativo’, conceito elaborado pelo sociólogo italiano Domenico DeMasi. Só assim será possível atingir a consciência emocional que alavanca transformações verdadeiras”.

“Nunca estivemos tão tecnologicamente conectados, mas tão humanamente desconectados”, afirmou Locaso durante a apresentação. De acordo com ela, isso contribui para os índices crescentes de ansiedade e a percepção de que, apesar de conectados, estamos sozinhos. “Essa desconexão humana interfere diretamente em nossas vidas, uma vez que também nos afastamos de nós mesmos”. 

 

Inteligência é felicidade, e vice-versa

É nesse ponto que entra o “hacking de felicidade”. Penny Locaso defende que nos cerquemos de pessoas que são mais inteligentes do que nós - ela interpreta a inteligência como forte traço de consciência emocional, ou autoconhecimento, o que está diretamente ligado à felicidade. 

“Essa ideia de nos cercarmos de pessoas mais inteligentes, na verdade, é da Anne Pickard, que era CEO da Shell quando trabalhei lá. Agora, eu procuro ativamente aqueles que são mais inteligentes e totalmente diferentes de mim para trocar ideias. É desconfortável, mas poderoso. Porque eu aprendo demais sobre seus processos, e posso adotar alguns para mim. Tem funcionado maravilhosamente até aqui”, concluiu Locaso. 

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