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Global Summit da Singularity University: os destaques da edição de 2019

Evento reuniu mais de duas mil pessoas no Vale do Silício para debates sobre liderança, transformação digital e tecnologias exponenciais. A Founder do BrazilLAB esteve lá e conta para você como foi.
Em 23 de August de 2019

Nos últimos dias 19, 20 e 21 de agosto, o Vale do Silício sediou o Global Summit da Singularity University. Trata-se de um encontro anual de especialistas, autoridades, pesquisadores, líderes corporativos e agentes da transformação no geral para debater as chamadas tecnologias exponenciais. Neste ano, mais de duas mil pessoas participaram do evento, que trouxe painéis sobre liderança, inteligência artificial, realidade aumentada, realidade virtual, blockchain, futuro do trabalho e inúmeros outros temas relacionados à inovação.

Letícia Piccolotto, Founder do BrazilLAB, esteve por lá durante os três dias, que "valeram por vários. Foi bem intenso. De segunda a quarta, assistimos a uma série de palestras de primeiro nível. Conteúdos sobre o futuro da tecnologia e vários outros pontos relacionados ao uso da tecnologia em diferentes áreas, como saúde, educação, segurança pública e até cidades. Havia pessoas de todo o mundo, e, felizmente, a América Latina e Brasil estavam super bem representados."

 

GovTech na pauta pela primeira vez

Letícia comemora o fato de que essa edição do Global Summit foi a primeira a incluir debates sobre inovação no setor público. “No segundo dia de evento, tivemos painéis sobre governos. Foi ótimo ver especialistas debatendo como serão as cidades do futuro, como lidaremos com educação, mobilidade, segurança, entre outros fatores. Também foi importante conhecer a experiência e as projeções de diferentes cidades - Dubai, por exemplo, tem a meta de ser a principal cidade de agricultura urbana do mundo. Hoje, eles importam 80% de tudo o que consomem, mas querem reverter esse quadro.”

A pauta de GovTech foi somente uma entre inúmeras. Outro destaque foi o papel da liderança nos processos de transformação e de inovação: palestras e painéis abordaram o tema em profundidade. “No geral, os palestrantes enfatizaram que o líder deve assumir o papel de pensar qual vai ser o cliente do futuro, para onde a empresa está indo, quais nichos ela pode explorar. A liderança precisa ter uma visão e tentar projetar ao máximo uma organização pensando no futuro. E os debatedores colocaram que o ponto principal para essa previsão é a análise de dados e de comportamentos e tendências”, afirma Letícia. 

 

15 é o melhor número

Também foi muito debatido sobre como os líderes devem engajar os times e trabalhar em estruturas cada vez mais horizontais, flexíveis. “Especialistas afirmaram que os modelos atuais mais interessantes de organização são aqueles que estão trabalhando com times de 15 pessoas - são células que cuidam de projetos específicos, como desenvolver determinado produto ou serviço. Esse número, 15, garante mais confiança para que as pessoas trabalhem em grupo”, conta a Founder do BrazilLAB

No segundo dia do evento, os painéis foram bastante diversificados. “Houve uma série de debates sobre impactos e consequências de tecnologias exponenciais. Para onde estamos indo em termos de regulamentação e dilemas éticos? Essas foram algumas provocações. Falou-se do reconhecimento facial e do uso de dados pelo governo em pautas de segurança pública - no caso das câmeras na China, por exemplo, em que há muitas dúvidas sobre privacidade. Por outro lado, a tecnologia de reconhecimento facial foi instalada na Índia, e em um mês ajudou a encontrar três mil crianças perdidas. Houve esse debate trazendo aspectos positivos e negativos da inovação”, relata Letícia.

Cibersegurança e bitcoins também estiveram na pauta de vários painéis. “Em um debate muito interessante, descobrimos como as criptomoedas têm sido fundamentais para a Venezuela, uma vez que muita gente está usando a tecnologia para mandar recursos para lá; na Nigéria, também”. 

 

Felicidade hackeada

No terceiro dia, o papel dos líderes voltou à pauta, mas dessa vez ligado à transformação - tanto pessoal quanto dos times que conduzem, visando à diversidade. “As palestras abordaram como líderes devem encabeçar a transformação olhando para dentro de si e dos times. Destaco, em particular, a palestra da australiana Penny Locaso, que se apresenta como ‘hacker da felicidade’. Neste artigo, explico mais sobre o que significa esse conceito”. 

O fechamento do evento teve a participação de outro hacker - este, da computação, mesmo. Trata-se de Pablos Holman, futurista e professor da Singularity University. “Ele compartilhou a visão dele da tecnologia, sobre como pode ser positiva e negativa ao mesmo tempo. E enfatizou que temos que cada vez mais refletir sobre o impacto das inovações, porque há muita coisa a ser revista. Receber esse ponto de vista de um hacker, ou seja, de alguém que conhece muito da tecnologia, foi inspirador”, conclui Letícia.

 

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