A forma como nos comunicamos mudou. Hoje, com a difusão de tecnologias inovadoras e novos canais de comunicação, o modo como interagimos uns com os outros passa por constantes transformações. Assim sendo, cabe a pergunta: se esse tipo de comunicação vem evoluindo, porque a relação entre municípios e cidadãos mantém-se estática?
Para constatarmos o quão urgente é essa questão, basta olharmos para os números: em 2020, o Brasil terá mais de 141 milhões de usuários de internet1. É, pois, fundamental que os municípios estejam bem inseridos neste universo. E os caminhos para isso, de acordo com especialistas, já estão disponíveis: redes sociais, a internet das coisas e big data são os meios para cidadãos estreitarem laços digitais com suas cidades.
A ideia é amparada por um estudo da consultoria Mckinsey, onde se lê que “O uso de tecnologias de informação e comunicação para fornecer e melhorar serviços, transações e interações do setor público permitiram que as organizações governamentais oferecessem melhores serviços e aumentassem a eficácia e a eficiência”2.
Há, também, conceitos que sintetizam essa relação. Como o e-participation, que, de acordo com a ONU3, pode ser definido como o conjunto de iniciativas Government-to-Citizen (Governo-para-Cidadão, ou G2C) que melhoraram o acesso à informação e aos serviços públicos. Além disso, essas iniciativas promovem a participação do cidadão na tomada de decisões públicas. O conceito de e-participation costuma ser dividido em três frentes:
Hoje, o Reino Unido lidera o ranking de e-participation da ONU4 graças a uma estratégia de transparência e abertura. Praticamente todas as propostas do governo inglês são publicadas no site gov.uk. E quase três mil medidas contaram com a participação dos cidadãos -- ou estão em processo de consulta, tanto substantiva quanto técnica.
A situação do Brasil neste ranking não é muito animadora: estamos no 37° lugar. Assim sendo, o BrazilLAB busca, junto aos empreendedores, soluções que possam responder aos seguintes desafios:
Entre diversos serviços, as startups podem oferecer:
Sobre o BrazilLAB
O BrazilLAB é a única aceleradora que conecta empreendedores ao setor público. Sendo assim, nosso programa de mentoria tem como principal objetivo adaptar e validar as soluções selecionadas para que atendam às demandas de gestores públicos e resolvam os problemas enfrentados pelos municípios brasileiros.
A inspiração para o programa de aceleração do BrazilLAB veio de iniciativas internacionais, como o Solve/MIT e o Mayors Challenge/Bloomberg Philanthropies. Esses programas estimulam a inovação, o intercâmbio e o diálogo entre acadêmicos, setor privado, empresários e setor público, visando à promoção de um espaço eficiente que permita o envolvimento da sociedade na busca de soluções.
Nosso programa conta com quatro ciclos de atividades presenciais. Em cada um deles, os empreendedores recebem mentoria especializada, obtêm acesso a networking e a líderes públicos, adquirem conhecimento sobre os desafios municipais, encontram oportunidade de participar de rodadas com investidores e divulgam suas soluções por meio de cases e exposição na mídia.
No entanto, o programa não se restringe apenas aos quatro meses de atividades presenciais. Nossa rede de parceiros, mentores e equipe acompanha os empreendedores ao longo de toda a sua jornada. Esse acompanhamento ocorre por meio de nosso programa Alumini, que tem como objetivo auxiliar os empreendedores a alcançarem o impacto que desejam na sociedade.
Patrocínio
O BrazilLAB é um programa patrocinado pelo Bank of America Merrill Lynch, E.Bricks e Instituto Betty e Jacob Lafer.
Entre seus parceiros, o BrazilLAB tem a honra de contar com instituições como CLP, Fundação Brava, Comunitas Endeavor, Start-Up Chile e Microsoft.
Fontes
1 - http://www.cisco.com/c/en/us/solutions/service-provider/visual-networking-index-vni/index.html
2 - http://www.mckinsey.com/industries/public-sector/our-insights/e-government-20
3 - https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/About/Overview/E-Participation
4- https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2016