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Civic Tech e GovTech: o que você precisa saber para diferenciar essas tecnologias

Informar, conectar e servir a sociedade são alguns objetivos tanto de Civic Tech quanto de GovTech. Mas quais características as diferem?
Em 29 de April de 2019

Certamente você já se deparou com os dois termos aqui no blog. Sempre apresentamos casos de sucesso que trazem a implantação desses conceitos em cidades. Mas o que exatamente diferencia as tecnologias conhecidas por Civic Tech e GovTech? Qual o principal objetivo de cada uma? De que forma podemos estimular suas aplicações para melhorar os serviços prestados pelo setor público?

Tanto se tratando de GovTech quanto de Civic Tech, o propósito sempre é tornar o cotidiano mais prático e colaborativo para toda a população.

Civic Tech (tecnologia civil, na tradução literal) é toda tecnologia que beneficia diretamente os cidadãos. As soluções deste setor conectam as pessoas aos governo. Por meio das inovações implantadas pelas empresas de Civic Tech, a sociedade pode contribuir mais para a tomada de decisões governamentais, além de apresentar propostas para aperfeiçoar a prestação de serviços. Quem desenvolve e aplica a tecnologia de Civic Tech pode ser uma organização sem fins lucrativos, empresas e até mesmo o próprio governo.

 

Exemplos de Civic Tech

Um caso bem-sucedido de Civic Tech é a Code for America. Esta organização sem fins lucrativos norte-americana criou o GetCalFresh, app que permite aos residentes da Califórnia se inscreverem no programa de assistência alimentar do estado, via computador ou smartphone. 

Trazendo os casos para mais para perto, em São Paulo temos um bom exemplo de Civic Tech no campo da zeladoria urbana. De acordo com matéria do Agora, foram registradas, no segundo semestre de 2018, cerca de 38 mil reclamações sobre buracos nas vias. A situação pode ser crítica, mas os mecanismos de denúncia melhoraram graças a Civic Tech, uma vez que a Prefeitura disponibilizou um aplicativo para registrar reclamações.

Apesar da demora para realizar os reparos, podemos observar que tanto o governo quanto os cidadãos estão aderindo à inovação tecnológica que facilita a nossa rotina.

 

Inovando para governos

Já GovTech abrange inovações que têm a administração pública como cliente. As soluções envolvem tecnologias que otimizam operações internas governamentais, administração de cidades, digitalização de processos, entre outros fatores. Ou seja, mecanismos que modernizam a prestação de serviços públicos.

Empresas de GovTech estão na linha de frente das inovações para governos. Elas desenvolvem  tecnologias sob medida para a gestão pública. Um exemplo é a Fábrica de Negócio, umas das seis startups finalistas do DemoDay (evento que concluiu o 3o ciclo de aceleração promovido pelo BrazilLAB).

A empresa ficou em segundo lugar com o FN Payroll Audit, solução de mineração de dados que realiza auditoria na folha de pagamento de órgãos governamentais. Desta forma, a Fábrica de Negócio contribui para o bom uso dos recursos públicos.

 

Inovação no Brasil e o Selo GovTech

Tanto Civic Tech quanto GovTech têm como objetivo final melhorar a vida das pessoas. No Brasil, entretanto, ainda há muito a se fazer nesse campo: apesar de o país ser um dos mais conectados do mundo, o acesso às inovações é restrito. A transformação digital tende a avançar gradativamente, mas, para atingir a todos, é preciso vontade política de modernizar processos e infraestrutura.

O BrazilLAB trabalha para que essa evolução aconteça mais rápido. Por isso, desenvolveu a plataforma Selo GovTech, que certifica startups como capacitadas a trabalhar e vender para diferentes órgãos do governo.

O programa é uma grande vitrine de startups para gestores públicos do país. Por meio dele, os governos podem facilmente identificar potenciais empreendedores parceiros. As empresas, assim, tornam-se opções seguras para auxiliar na prestação de serviços públicos de qualidade - sejam elas de Civic Tech ou GovTech.

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