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O BrazilLAB quer soluções inovadoras para auxiliar na prevenção de doenças

Muitas das doenças que mais matam no país poderiam ser prevenidas. O BrazilLAB está buscando soluções inovadoras que estimulem a prevenção de doenças e hábitos mais saudáveis.
Em 02 de August de 2018

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma ideia excelente, que hoje dá acesso à saúde a mais de 100 milhões de habitantes, mas que está em risco de colapso. Atualmente, gasta-se o equivalente a  9% do Produto Interno Bruto (PIB) em saúde, que é dentro da média mundial. Mas, segundo estimativa de um estudo divulgado pelo Instituto Coalizão Saúde e realizado pela McKinsey & Company, estas despesas estão aumentando em um ritmo insustentável para os cofres públicos. Em 2030, a despesa com saúde pode chegar até 25% do PIB.

Assim sendo, é imperativo desenvolver uma cultura de prevenção de doenças, o que vai não só otimizar os gastos do governo na área, mas também melhorar a qualidade e expectativa de vida da população.

Para se ter uma ideia, muitas das doenças que estão cada vez mais prevalentes no Brasil poderiam ser prevenidas, como hipertensão e diabetes. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, no país existem 17 milhões de hipertensos, podendo chegar a 80% da população até 2025. O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos dez anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016, de acordo com o Ministério da Saúde.

É bem sabido também que maus hábitos alimentares têm consequências negativas no desenvolvimento das crianças, como peso e estatura inadequados para a faixa etária, retardamento mental e sistema imunológico fragilizado . Com esse desafio, em 2017 o Brasil assumiu formalmente que adotará as metas para a Década de Ação em Nutrição da ONU, relacionadas à obesidade e aos hábitos alimentares dos brasileiros.


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O papel da tecnologia

De acordo com o Fórum de Saúde Digital, este preocupante cenário trouxe a necessidade de soluções tecnológicas que possam estimular e facilitar a prevenção de doenças. O governo federal recentemente lançou a vertente de Saúde do Plano de Internet das Coisas, estimando ganhos na ordem de 5 a 39 bilhões de dólares com o uso destas tecnologias. Um estudo da PwC mostra que o uso de aplicativos na área de saúde também tem aumentado drasticamente. O número de soluções com esse foco disponíveis ultrapassou os 100 mil em 2014. São tecnologias digitais desenvolvidas por startups focadas na área da saúde — as chamadas Health Techs.

Um exemplo brasileiro é o CUCO Health, uma das startups vencedoras do programa de aceleração do BrazilLAB em 2016. A empresa desenvolveu um aplicativo gratuito para smartphones que ajuda pacientes, principalmente os que apresentam doenças crônicas, a garantir a correta administração de seus medicamentos para se prevenir estágios mais graves de doenças. A solução foi implementada na Prefeitura de Juiz de Fora e já está em 63 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

 

Desafio: Cultivar uma cultura de prevenção da saúde

Diante deste retrospecto, o BrazilLAB elaborou um desafio para o programa deste ano: encontrar soluções inovadoras para ajudar na prevenção de doenças. As soluções devem responder às seguintes questões:

Como a tecnologia pode ajudar o setor público a oferecer, à população, ferramentas digitais para a prevenção de doenças?

Como as Health Techs podem ajudar a tornar o cidadão mais consciente e responsável pela própria saúde, auxiliando o Brasil em sua meta de queda de obesidade e na melhoria dos hábitos alimentares?


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