“Intercâmbio e parceria”. Assim Letícia Piccolotto, Founder do BrazilLAB, resumiu a participação dela na BayBrazil Conference, evento realizado em 22 de agosto, no Vale do Silício, que reuniu empreendedores, investidores e líderes do setor privado para discutir ciência, tecnologia, inovação e o papel do Brasil na economia global.
A BayBrazil é uma organização sem fins lucrativos sediada na Califórnia cujo objetivo é aproximar o ecossistema empreendedor brasileiro do polo de inovação norte-americano. A iniciativa partiu do pressuposto de que o Vale do Silício seja um “caldeirão” que contém todos os profissionais de que as startups internacionais precisam para escalar seus projetos. Outro objetivo é estimular as startups brasileiras a sonharem mais alto.
Para Letícia Piccolotto, o evento proporcionou uma aproximação animadora. “O que pactuamos neste primeiro contato é que teremos um intercâmbio de empreendedores do BrazilLAB aqui no Vale do Silício”, afirmou ela. “A BayBrazil organiza uma série de eventos, e não só os empreendedores farão parte dessa rede; os mentores e mesmo o time do BrazilLAB também vão participar.”
Em um segundo momento, Letícia Piccolotto contou que o BrazilLAB e a BayBrazil vão se unir para organizar missões. “O objetivo é que os empreendedores conheçam organizações, fundos de investimento e instituições que tenham a pauta de GovTech como prioridade, aqui no Vale e em outros locais dos Estados Unidos também”.
A ideia é que a parceria também ganhe forma por meio de projetos. “No médio e longo prazo, vamos elaborar programas em conjunto para fomentar ainda mais a troca de conhecimento e práticas de inovação no setor público entre Estados Unidos e Brasil”, conluiu a Founder do BrazilLAB, que também concedeu uma entrevista à BayBrazil - leia a tradução dela neste link.
Estiveram presentes no evento nomes como Peter Norvig (Diretor de Pesquisa do Google), além de brasileiros que conseguiram obter sucesso também nos EUA, como Fabricio Bloisi (Founder e CEO do Movile) e Edson Rigonatti (Founding Partner da Astella Investimentos).
Bloisi resumiu o espírito do evento - que também reflete a cultura brasileira no Vale do Silício: “por aqui, nós fazemos algumas coisas muito bem, mas falhamos em muitas outras também". De acordo com ele, não importa quantas falhas sejam; o que vale é o pequeno número de acertos que acabam "apagando" todos os investimentos que não deram certo.
O encontro com profissionais qualificados também foi um destaque. Ekechi Nwokah, CEO da fintech Mines, apontou para a falta de pessoas muito focadas em engenharia de softwares no Brasil. “Por isso, o país precisa ir atrás desses perfis no Vale”. Já Hans Bukow, CEO da Provade, destacou as oportunidades que uma startup tem de se desenvolver no país, já que, em muitos mercados, ela não enfrenta tanta concorrência como em outras localidades.
Em resumo, a BayBrazil Conference foi bem movimentada, e se consolidou como um evento chave no calendário da organização — que é um ótimo exemplo de como a tremenda diversidade do Vale do Silício pode ajudar diferentes países a compartilharem as oportunidades globais de mercados digitais.
Quer saber mais sobre como foi o evento? Confira nesta matéria (em inglês) alguns destaques.
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