Recentemente, Letícia Piccolotto participou de um webinar da MonitorGov para debater sobre a importância da tecnologia no setor público. A founder do BrazilLAB conversou com Leonardo Rios, CEO da Startup que criou a primeira solução brasileira de monitoramento e análise para a predição do comportamento de compra dos governos. Aliás, a MonitorGov participou da 2ª edição do nosso Programa de Aceleração, em 2017.
Na pauta do bate-papo, estiveram assuntos que você sempre vê aqui no blog, como:
Vale muito a pena acompanhar o webinar para se atualizar a respeito desses pontos. Mas, caso você esteja na correria do dia a dia, preparamos abaixo um resumo com os destaques da conversa.
Depois de apresentar a trajetória do BrazilLAB, Letícia refletiu sobre os dados que estão sendo gerados pela conjuntura tecnológica atual. De acordo com ela, no futuro, o governo precisará se ver como um grande marketplace: “uma plataforma pela qual o poder público vai disponibilizar esses dados e fomentar para diferentes indústrias”.
No entanto, para ela, o Brasil ainda está engatinhando nesse aspecto. “É verdade que nós temos gestores públicos que estão abertos para isso - nos municípios, vemos muitos prefeitos engajados com a pauta da inovação. Mas o Uruguai e o México estão adiante de nós, por exemplo”. Ficar atrás agora pode ser ainda mais problemático lá na frente. Porque Letícia lembra que a disrupção em governos vai acontecer, mais cedo ou mais tarde.
Leonardo Rios, então, perguntou sobre um case que exemplifique os resultados dessa relação entre setor público e tecnologia. Leticia Piccolotto mencionou o já conhecido caso da Estônia, cujo governo revolucionou os serviços prestados à população por meio da digitalização - você pode conhecer os detalhes neste artigo.
Mas a founder do BrazilLAB também citou um exemplo nosso: a Fábrica de Negócio, que foi uma das vencedoras do último DemoDay.
“É uma startup que faz auditoria de folha de pagamentos. A empresa tem parceria com a Prefeitura de Recife, e o trabalho realizado já vem gerando uma economia da ordem de R$ 2 milhões por mês”. Isto porque, com a tecnologia de mineração de dados da empresa, é possível identificar inconsistências, como pessoas que recebem dois salários, funcionários falecidos que ainda estão na folha, etc.
Em um ponto importante do webinar, Letícia destacou que o foco atual do BrazilLAB está mudando. “Nos últimos três anos, centramos esforços no lado dos empreendedores, porque era o lado mais fluído, onde havia menos resistência cultural. Mas agora o foco está nos gestores públicos. Vamos trabalhar por essa mudança de cultura do outro lado do balcão. Afinal, os orçamentos estão estrangulados, o estado está quebrado; a inovação tem que ser o caminho”.
A partir daí, ela apresentou os próximos passos da atuação do LAB daqui em diante. “O trabalho é encontrar os pioneiros, os líderes que estão promovendo a mudança, e jogar luz aos projetos e iniciativas que já estão acontecendo pelo Brasil afora”. Como exemplo, ela mencionou Fortaleza, onde 100% da frota de ônibus já tem wifi.
Letícia também afirmou que a recém-lançada plataforma do Selo GovTech pretende “alcançar até dois mil empreendedores interessados em vender para o poder público”. E concluiu com um sonho: “uma rede global de GovTechs, com empresas brasileiras vendendo soluções para outros governos.”
Conheça o Selo GovTech do BrazilLAB, que certifica startups como capacitadas e aptas a trabalharem e venderem para diferentes órgãos do governo. Ao ser aprovada no processo e obter o Selo GovTech, a startup passará a fazer parte de uma rede de empreendedores que possuem soluções tecnológicas para diversos desafios dos governos! Clique aqui e saiba mais.